sexta-feira, 26 de junho de 2009

Vuvuzela Nêles

Rio de Janeiro, 23 de Junho de 2009 
 
Caro Diretor de Redação,
 
Me chamo Flávia Lanat, tenho 17 anos e no momento estou cursando o meu último ano do colégio. Tirei o meu título de eleitor no início desse ano, e me sinto desmotivada a votar em meio de tantos escândalos que vem das autoridades que deveriam nos representar com dignidade. Acredito muito no Poder Judiciário, mas a cada dia que passa fico mais desanimada pois ninguém é punido. A concepção de contrato social entre Estado e a sociedade civil sumiu.
 
Na terça-feira passada lembro de ter assistido no Globo News o discurso do senador José Sarney, tal acontecimento mexeu bastante comigo, pois sempre acreditei que Sarney era o maior coronel do Maranhão, que estaria envolvido com fraudes e outros esquemas. Porém, ele falava com tanta convicção que fui levada à acreditar que ele era um inocente e que anos atrás quando foi presidente da república fez um ótimo mandato (me fazendo esquecer de todos os fatos presentes nos livros de História). O que veio em minha mente foi que: ou durante todos esses anos ele vinha sendo acusado injustamente pelo povo e pela imprensa ou que o nosso excelentíssimo presidente do senado era na verdade um excelentíssimo ator de Hollywood. Por um momento rezei para que ele fosse um injustiçado, o que logo faria com que não existissem as contratações secretas e outras irregularidades no senado, para assim poder acreditar que algo estava sendo feito pelo nosso país.
 
Melhor do que sentir a tristeza de assistir a mentira do Sarney, foi ouvir o comentário infeliz do presidente Lula dizendo que Sarney não pode ser tratado como uma pessoa comum e que todos aqueles que apontam as fraudes do Senado estão afim de enfraquecer a democracia. Francamente, alguém que estudou até a 5° série, não deve saber o que é democracia, pois nem eu, com praticamente ensino médio completo, sei o que é. E olha que vivo em um país que se diz democrático.
 
Se Lula tivesse estudado mais (e muito mais) ele saberia que os homens são iguais; que os governos foram estabelecidos parar manter os direitos do seu povo; que esse poder legítimo que ele tem veio do consentimento de nós governados e que o povo tem o direito, e até o dever, de rejeitar um governo que pratica uma série de abusos.
 
Por fim, deixo aqui minha indignação e encorajo que Veja continue a denúnciar as falcatruas dessas autoridades corruptas que vergonhosamente se submetem às ordens de meros coronéis, como o do Estado do Maranhão! Que para as gerações de hoje não representam ninguém, apenas meras figuras políticas ultrapassadas. Deus nós salve desse Brasil colonial!
 
(21) 2493-****
RG: 14605135 17
 

2 comentários:

Teka disse...

Quem sai aos seus não degenera!

Boa Flávinha. Gostei!
Beijinhos e saudades.

Anônimo disse...

Téllo,
Que bom que você voltou ao blog! Estava triste porque achava que as coisas podiam não estar legais com você. Ótimos os dois textos! Flavinha é uma danada! Beijos e não tenho receita de sopa de leite e nem encontrei nada que valesse a pena nos sites que investiguei
Helena