sexta-feira, 2 de novembro de 2007



A Carpa Gulosa.


Vinte e hum dias passou a criaturinha de boca aberta, num canto do lago, sem comer, numa posição quase vertical, posição inusitada aos peixes.
E eu angustiado sem saber o que fazer, pois nada entendo da saúde destas belas criaturas e, assim sendo nada podia fazer. Mas deixe lá que o ser humano é curioso e resolví de puçá e tudo apanhá-la, e de perto poder saciar minha curiosidade e diminuir minha angústia. Vejam bem 3 semanas não são 3 dias. Apanhei-a no meio da tarde, a boca imensa aberta feito um túnel. Coloquei sua boca na direção de um raio de sol. O olhar dela era triste e pensei: quando nada você vai descansar juntos aos outros bichinhos queridos, para morrer afogada você não volta!
Apurei a vista e lá dentro já presa a garganta estava o motivo da desordem. Uma pedra, sim um pedaço de pedra de 5cm que não a deixava comer nem respirar direito por 21 dias.
Pensei contente: "dos males o menor". Munido de uma pinça segurei a pobre criatura e de lá de dentro saquei os 21 dias de sofrimento.
Guardei a pedra, servirá de amuleto. A Carpa? Hoje nada graciosamente como se nada houvesse acontecido.

Eis as carpas

Material usado para remover a pedra(5cm.), a dita cuja, a pinça e a escala.

5 comentários:

Anônimo disse...

meu Deus, que coisa, estou muito comovida, imagine o sofrimento que viveu nestes 21 dias,parece aquelas histórias que vc ouve falar.que alegria vc teve em liberta-la de morte certa.
Seu espírito ganhou mais luz com o nosso Pai Superior
nancy

Anônimo disse...

Tia, sabe que passei a noite seguinte acordando e dormindo imaginando o sofrimento do pobre bichinho?
No dia seginte a esta noite mal dormida Parkinson fez um samba lêlê comigo.

Anônimo disse...

Dalva que oportunidade incrível sua com a o milagre da vida!
Parabens!
Imagino que você fica admirando este lindinho com mais carinho.
Beijoca.
Nilda.
http://meucantin5.blogspot.com/

Teka disse...

Não vão acreditar, mas ontem lembrei-me tanto da carpinha. Ía perguntar como ela estava. Lembro-me bem de a ver dias e dias e de ficarmos a olhar para ela, sem saber o que fazer, vendo que não estava bem, nem se alimentava.
Fazia dó ver todas as outras felizes na hora da refeição e a nossa carpinha de boca aberta tentando desesperadamente comer algo (mas como se não fechava a boquinha?).
Fiquei contente com a determinação do salvador que não baixou os braços perante tal sofrimento.
E digam lá se não é bom e especial poder usufruir e ter uma Casa Amarela. Até as carpas são felizes por lá...
Muitas saudades vossas!

Anônimo disse...

Tello,
Você é danado! Não é que está me saindo veterinário de peixes! Deve ter sido uma sensação maravilhosa salvar a vida da carpinha! Parabéns! Beijos da
Helena